Olá pessoal.

Muitas pessoas tem me procurado para perguntar sobre as Conferências, principalmente as Conferências Regionais (anteriormente conhecidas como mini-conferências). Saibam que este interesse de vocês é realmente muito bom. E se até o presente momento eu vinha dando respostas não muito concretas, era pelo fato de ainda não ter um plano desenhado.

A ideia aqui é apresentar uma visão geral sobre as conferências em nossa região, e também apresentar o plano para 2018.

Verba para Conferências

Esta é uma informação que poucas pessoas tem, embora não seja nenhum segredo: ela simplesmente não está acessível de forma simples.

A Esfera de Conferências destina uma quantidade limitada de suporte de foils por região. As quantidades variam de região para região. Isto quer dizer que não podemos fazer todas as conferências que quisermos, com suporte de foils, no ano. Há um limite, e isso vale tanto para Conferências Nacionais quanto Regionais, é o mesmo “budget”.

Além disso existem alguns custos atrelados às conferências: aluguel de equipamentos, aluguel de salas, compra de alimentos para café, materiais, etc. Estes custos vem de um fundo que eu mantenho e que serve para cobrir estes gastos. Ele também não é infinito: então é sempre necessário zelar pelos custos de uma conferência.

Objetivos para Conferências

Quando eu penso em conferências dentro do Programa de Juízes, penso em dois grandes objetivos: Comunidade e Conhecimento.

Comunidade

O Programa é bastante grande e fragmentado aqui no Brasil. Somos mais de 300 pessoas, espalhadas em 8.516.000 km², é muita coisa. Muitas vezes criamos fortes laços com pessoas que sequer conhecemos pessoalmente, e isso é, ao mesmo tempo, incrível e um pouco triste. Então quando penso em conferências tenho a certeza de que elas são uma incrível oportunidade para interagirmos com estas pessoas, firmarmos estes laços, e nutrirmos e concretizarmos o sentimento de que somos e fazemos parte de algo maior do que telas e conversas virtuais.

Conhecimento

Conferências são uma excelente oportunidade para compartilharmos conhecimentos. Não são a única e nem a mais perfeita forma, mas são uma ferramenta valiosa para isso. Como pessoa que tem participado de conferências nos últimos 12 anos, acredito fortemente que elas contribuem para o crescimento das pessoas. Alguns tópicos dentro do Programa são melhor explorados em conferências: eles precisam ser práticos e visuais, e muitas vezes complementam artigos e coisas que só conhecíamos em teoria.

O planejamento de conferências está sempre olhando para estes dois pilares fundamentais. E para 2018 as conferências estão sendo pautadas nisso.

Uma outra main quest para 2018 é encontrar um novo modelo de conferências para o Brasil, algo que seja mais compatível com nossa realidade de grande extensão territorial e grande concentração em alguns poucos polos.

Conferência Nacional

Como dito anteriormente, este ano devemos ter apenas uma grande conferência nacional. Meu intuito é que ela seja marcante, em todos os aspectos. Gostaria muito que ela fosse realizada em dois dias, preferencialmente em um espaço como uma chácara/sítio, para que possamos passar algum tempo realizando atividades paralelas e aproveitando a cia de pessoas tão incríveis quanto as que temos no Programa. Entendo que talvez não seja possível para todas as pessoas participarem de algo assim. Estas pessoas poderão participar em um dos dias.

Isto ainda não está decidido, pois é necessário encontrar um espaço bacana e com um preço que seja acessível para as pessoas que quiserem comparecer. Esta opção não será paga pelo programa, pois infelizmente não temos verba para hospedar 50+ pessoas.

Data: Esta conferência deve acontecer entre Maio e Junho. A data certa deve vir entre o final de Fevereiro e início de Março.

Conferência de Liderança

Esta conferência sempre gerou algum tipo de polêmica em nossa região. Acredito que a falta de critérios práticos sobre a escolha das pessoas que compareceram nas edições passadas seja um dos grandes fatores para isso. Além disso, pouco ou nada se fala ou se falou sobre estas conferências, então vamos começar a resolver isso.

O que é?

Uma ferramenta para que a região faça uma análise de seu estado atual e trace/revise planos e projetos.

O que não é?

Um reconhecimento por um bom trabalho, envolvimento ou conhecimento. Embora realizar bons trabalhos, ter envolvimento e conhecimento sejam necessários. Vejam abaixo para entender melhor.

Quem participa?

Este ano os critérios para participação serão:

• Liderança de projetos nacionais
• Liderança de projetos relevantes para desenvolvimento local/nacional
• Liderança de regiões
• Níveis 3

Ter prestígio na comunidade, ter anos de estrada ou ter grande aceitação em eventos internacionais não serão critérios para participação. Além disso, participar de uma edição desta conferência não garante participação em edições futuras. E a participação significa que uma cobrança maior será gerada sobre estas pessoas.

Se você acredita que deve estar nesta conferência, entre em contato comigo. Lembrando que os critérios acima serão utilizados para avaliar.

Quando a conferência for anunciada, os nomes das pessoas participantes serão divulgados para que toda a comunidade esteja ciente de quem estará presente. Também será aberto um formulário para o envio de sugestão de temas que vocês gostariam que fossem discutidos/tratados. Desta forma as diversas necessidades de nossa região estarão representadas e sendo debatidas.

Data

Data: Esta conferência deve acontecer entre final de Abril e início de Maio. A data certa ainda não está fechada pois preciso confirmar local de realização, finalizar a lista de participantes e confirmar as agendas. Esta conferência poderá ser realizada em dois dias.

Conferências Regionais

O modelo de grandes conferências parece funcionar muito bem para um dos pilares que comentei: comunidade. Ao longo dos anos este modelo se mostrou menos eficiente para tratar de conhecimento, por uma série de fatores. Além disso, entendo que as diversas regiões do programa no Brasil possuem diferentes necessidades, e como tal, conferências menores e com foco naquela região tendem a ter um impacto maior. Ao menos esta é a expectativa.

Outro fator que levou a esta tomada de decisão, é a crença de que audiências menores e mais locais tendem a gerar “círculos de confiança”, algo que não necessariamente ocorre em grandes conferências. Com isso as pessoas que estão participando daquela conferência regional geralmente colaboram mais durante as atividades, gerando maior interação e dinamismo.

Formato

A ideia inicial é que estas Conferências Regionais tenham entre 20 e 30 pessoas no máximo, e uma grade com 4 atividades. Em casos específicos a grade poderá ter mais atividades.

Participantes

Estas conferências são focadas nas regiões em que são realizadas. Não será permitida a participação de pessoas de fora destas regiões, exceto nos casos em que a pessoa de fora da região esteja trazendo uma apresentação específica para a conferência. Estes casos serão avaliados pela organização e por mim.

Locais

Esta lista não está fechada, mas o plano inicial é termos estas conferências, pelo menos, nestas regiões/cidades:

• Rio de Janeiro
• Minas Gerais
• Porto Alegre
• Curitiba
• Brasília
• Nordeste

Nordeste é uma região geográfica muito grande, então existe a possibilidade de realizarmos duas destas conferências em diferentes cidades.

Se sua região não estiver representada aqui, não se preocupe. Entre em contato comigo e vamos conversar sobre. São Paulo não terá uma conferência regional.

O critério para a escolha destas regiões não é o mesmo, mas foram levados alguns fatores em consideração: necessidade de reestruturar o programa localmente (Minas); grande quantidade de pessoas no programa e grande quantidade de lojas (RJ); relevância para o OP e crescimento (Porto Alegre e Curitiba), etc.

Organização de Conferências

Realizar uma conferência não é uma tarefa simples. Várias atividades precisam ser realizadas, e nem sempre apenas ter o desejo de realizar é suficiente. É desgastante, trabalhoso e financeiramente nada gratificante (dependendo do pack chega a ser um desprazer financeiro 😛 ).

Confesso que eu mesmo não desempenhei bem estas atividades algumas vezes, e não me orgulho disso. Também já coloquei outras pessoas em posições desconfortáveis, sem muito apoio e suporte. A ideia para este ano é estruturar toda esta parte, e esta é uma razão para não termos conferências marcadas para os primeiros meses do ano: vamos planejar e fazer o possível para executar bem.

Em regiões com Níveis 3, como Brasília (André Tepedino), Porto Alegre (Rafael Dei Svaldi) e Rio de Janeiro (Thales Bittencourt), as conferências serão delegadas para que estas pessoas organizem conjuntamente com outras pessoas da região. Já para as localidades sem Níveis 3, eu farei esse trabalho conjuntamente com lideranças locais ou pessoas interessadas.

Este ano as conferências serão bastante criteriosas com o conteúdo apresentado. Isso não quer dizer que as pessoas precisam ser super especialistas em apresentação, porém será necessário que tempo seja investido para que as apresentações sejam de excelente qualidade. Obviamente as pessoas organizando deverão ser capazes de oferecer suporte para que pessoas interessadas em apresentar consigam fazê-lo. A organização das conferências será muito cobrada em relação a isso.

Conclusão

Há ainda muito trabalho para ser feito em relação às conferências deste ano, mas o esboço inicial do que teremos pela frente está pronto. Este projeto não é simples, ao contrário, é bem ousado, dado que ele muda completamente o que temos até o momento. Podemos esperar alguns erros, e muitos acertos pelo caminho. A participação, envolvimento e feedback de vocês será essencial para que possamos, cada vez mais, disseminar conhecimento e aproximar as pessoas dentro de nossa comunidade.

Forte abraço,
Vinicius Quaiato.